JOGO
Me dizes que estou livre...,
Mas eu não quero um vôo cego...
Me falas de liberdade....,
Quando eu não sou um aventureiro...
Me contas das tuas incertezas...,
E eu só quero construÃ-la com lógica...
Me mostras um futuro complicado...,
E eu só vejo um horizonte limpo...
Me confundes com um caso de momento...,
E eu me sinto tua certeza....
Não me reconheces como teu amado...,
E eu já não consigo te esquecer...
Me descartas como página virada....,
E eu te quero como livro de cabeceira...
Me dizes que não enxergas...,
Enquanto um sol te ilumina...
Abre então os olhos teus....,
E sinta os meus, tão verdadeiros....,
Já tão cegos e prisioneiros....,
Que eu já não sei mais quem sou....
Francisco Panachão 22/02/1989
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